Segundo aliados, Cunha diz que pode renunciar à Câmara em troca de acordo

Aliados de Cunha dizem que a única forma dele escapar da cassação do mandato é renunciando ao cargo e vencendo na CCJ

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O presidente afastado da Câmara dos Deputados (PMDB-RJ), Eduardo Cunha, sinalizou a aliados que se o Palácio do Planalto conseguir unificar partidos como o PSDB e o DEM em torno de um nome chancelado por ele e aliados para ficar no lugar dele no comando da Casa, ele renunciaria ao cargo na Câmara.

Cunha, afastado desde 5 de maio, teria dito isso pessoalmente ao presidente interino Michel Temer em reunião no último Domingo (26). Para tentar viabilizar a proposta de Cunha, Temer teria se mobilizado pessoalmente, destacando alguns de seus principais ministros para convencer  o bloco liderado pelos tucanos a não criar impasses a um acordo com os aliados do deputado.

Pra fechar uma posição única, líderes do PSDB estiveram reunidos com o DEM, o PSB e o PPS. Nas conversas, teria surgido uma proposta de trégua em torno do nome para substituir Cunha até 2017, desde que o PMDB, partido de Temer, apóie o candidato para o cargo.

A avaliação dos aliados de Cunha é que a única forma dele escapar da cassação do mandato é renunciando ao cargo e vencendo na Comissão de Constituição e Justiça. Para isso, ele precisa do voto de 33 dos 66 integrantes da comissão. Atualmente, Cunha teria no máximo 20 votos.

Procurado, Cunha negou ter falado sobre renúncia com aliados e ainda completou que ninguém estaria autorizado a falar em seu nome. “Quem fala por mim sou eu”.

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Varela Noticias