Como a Bahia está posicionada na produção de energia renovável

Estado é o principal produtor de energia eólica no Brasil e ocupa a segunda posição no ranking da energia solar 

2Estado é o principal produtor de energia eólica no Brasil e ocupa a segunda posição no ranking da energia solar Crédito: João Wendel/Divulgação

Empresários e órgãos do setor industrial, juntamente com representantes do governo do estado, se reuniram na manhã desta segunda-feira (10) para discutir a implantação do Hidrogênio Verde (H2V) no estado. Dados de 2023, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), apontam que a Bahia é um dos principais produtores de energia renovável no Brasil, liderando a produção éolica e sendo o segundo maior produtor de energia solar no país.

Os meios biorrenováveis são responsáveis por 98,3% de toda a produção energética do estado. Em 2023, a Bahia foi o estado com maior produção de energia eólica do Brasil, com 3.450MWm (megawatt médio). O território baiano possui o maior parque éolico em território nacional, com 338 usinas que podem produzir até 10.152MW. Em abril de 2024, as usinas baianas foram responsáveis por 41,59% dos 8.050MWm produzidos pela energia eólica nacional, com 3.348MWm.

“Os nossos ventos são noturnos, favorecendo a produção eólica. Isso é uma característica única do nosso estado, já que nos outros locais, os parques ficam à beira-mar. Aqui a produção é em sua maioria no interior, onde os ventos são mais seguros”, explicou o secretário de desenvolvimento econômico Ângelo Almeida.

Já na produção de energia solar, a Bahia fica atrás do estado de Minas Gerais no ranking brasileiro, com 492MWm produzidos, abaixo dos 786MWm gerados nas usinas mineiras. A capacidade baiana para produzir esse tipo de energia é a terceira maior do Brasil, com 64 usinas com capacidade de produzir 2.047MW, atrás dos estados de Minas Gerais (4.676MW) e Piauí (2.095MW).

“A Bahia tem um dos melhores lugares para a produção de energia éolica do mundo, a margem do Rio São Francisco. A produção no estado também é muito eficiente e escoa essa energia para o polo petroquímico e possibilita a expansão da indústria”, afirmou o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro

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