Bahia lidera ranking nacional de facções criminosas com 21 grupos atuantes
Praça Kalilândia agora é território do Comando Vermelho Crédito: Bruno Wendel/CORREIO
A Bahia é o estado com o maior número de facções criminosas no Brasil, abrigando 21 grupos que operam em diversas regiões, segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), ligada ao Ministério da Justiça.
Entre os grupos mais conhecidos estão o Comando Vermelho (CV) e o Bonde do Maluco (BDM), que se fundiu recentemente com o Terceiro Comando Puro (TCP), ambos com forte presença no estado. No total, há 88 facções presentes em 1.760 pavilhões prisionais pelo país.
A influência do PCC, originário de São Paulo, se mantém nacional, com presença em 24 estados e no Distrito Federal, ficando fora apenas do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Já o Comando Vermelho, nascido no Rio, ocupa o segundo lugar no ranking nacional de influência, mas não atua em São Paulo nem no Rio Grande do Sul.
Além da Bahia, que concentra 23% das facções do país, os estados com maior presença de facções são Minas Gerais (11), Rio Grande do Sul (10) e Pernambuco (7). São Paulo, por outro lado, abriga apenas uma organização, enquanto Roraima, o Rio Grande do Norte e o Distrito Federal contam com duas facções cada.
Símbolos de facções e risco para a população
Na Bahia, o aumento das atividades de facções traz um alerta sobre os gestos e símbolos usados por esses grupos, que podem colocar pessoas comuns em risco. Alguns sinais comuns, como fazer o símbolo de “paz e amor” com dois dedos, podem ser interpretados como apoio ao Comando Vermelho. Já o gesto com três dedos levantados pode ser associado ao BDM.
A Polícia Militar da Bahia, com apoio de uma cartilha de orientação elaborada pelo capitão Alden José Lázaro da Silva, recomenda atenção especial aos sinais e símbolos, como pentagramas ou escorpiões, usados por diferentes facções. O documento orienta os policiais a interpretar corretamente esses símbolos, que fazem parte da cultura de facções e são comumente observados em tatuagens de presos e suspeitos. As informações são do Jornal Correio.
.
Carlos Britto