Aprenda a investir com até R$ 30 e veja guia com as melhores opções

Especialistas em educação financeira apontam os melhores investimentos para o próximo semestre. Vale apostar nos fundos de renda fixa, letras de crédito e no Tesouro Direto, que devem continuar dando um retorno positivo por conta da taxa básica de juros

O cenário de incerteza política, o comportamento da taxa básica de juros e a forte alta da inflação são os principais fatores que favoreceram, no primeiro semestre do ano, a rentabilidade dos investimentos mais conservadores, que tiveram remuneração acima de 14%. Nesse período, ativos de renda fixa como o Certificado de Depósito Bancário (CDB), por exemplo, foram remunerados a 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). O Tesouro Direto também foi uma das opções que animou os investidores, rendendo mais que o triplo da poupança, assim como as Letras de Crédito.

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Para o próximo semestre,  a tendência é que o desempenho destes ativos permaneçam com boa rentabilidade. O CORREIO conversou com especialistas no assunto que fizeram projeções para quem pensa em investir nos próximos seis meses. Ainda que o orçamento esteja apertado, dá para começar o pé de meia com R$ 30 no bolso em Títulos do Tesouro Direto.

“O investidor que tinha R$ 1 mil aplicado no Tesouro Direto no inicio do ano, teria no final do semestre um resultado bruto de aproximadamente R$ 1.067,33, o que significa um ganho real muito bom considerando o baixo nível de risco”, explica o educador financeiro Edísio Freire.

Investidores mais “arrojados”, que partiram para os fundos de renda variável, entre eles a bolsa de valores, tiverem um resultado ainda maior do que a renda fixa, como acrescenta Freire. “Olhando para o índice Ibovespa, a variação foi de 27,5% comparando o resultado entre janeiro e junho de 2016. Contudo o nível de risco é bem maior”, pontua.

Apesar de ser o ativo mais tradicional, a poupança teve um dos rendimentos mais baixos, por conta da perda da inflação. O dólar foi outro tipo de investimento que não teve  um desempenho tão bom, como analisa o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos. “Ainda que a poupança seja isenta de imposto de renda, o seu comportamento ficou muito abaixo da inflação. Quanto ao dólar, considerando que a moeda nacional se desvalorizou, quem comprou teve dificuldades para lucrar com a venda”, analisa.

Cautela
Por conta do comportamento dependente do cenário econômico, a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti faz o alerta sobre a necessidade de estudar bem o tipo de ativo em que pretende investir, assim como entender qual o seu perfil de investidor (descubra no teste ao lado). “É preciso analisar, ver o que está rendendo mais e pesar qual o risco e retorno daquele investimento. Quem investe tem ali um dinheiro disponível que não vai ser preciso pagar juros por ele”, ressalta.

Para o segundo semestre, diante da instabilidade econômica, vale manter a prudência na hora de investir. De acordo com o educador financeiro Edval Landulfo, a dica é diversificar os investimentos para maximizar o retorno. A poupança deve continuar rendendo abaixo da inflação.

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Com a taxa de juros em 14,25% mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) após a última reunião na semana passada, ativos como o Tesouro Direto, CDB e as letras de crédito continuam sendo opções com boa rentabilidade. “É importante destinar pelo menos 10% do que ganha para poupar. Vale a pena separar este dinheiro antes mesmo de pagar as contas e tornar isso uma despesa fixa mensal. Mas fique de olho nas taxas de administração cobradas pelos bancos e corretoras para que isso não gere perdas naquilo que optou por investir”, aconselha ele.

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