Após ataques, Joanna Maranhão desabafa: ‘Brasil é racista, machista e homofóbico’

Joanna disse ainda que se posiciona politicamente porque acredita que todos têm um papel a fazer

Eliminada na fase classificatória dos 200 m borboleta na Olimpíada, a nadadora Joanna Maranhão desabou nesta terça-feira (9) sobre ataques que tem sofrido nas redes sociais. A pernambucana diz que sua página de Facebook recebeu várias mensagens de ataque, com muitas pessoas inclusive citando o caso de estupro que ela sofreu na infância. Ela disse que vai processar os usuários que a atacaram.

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“Ontem à noite foi o dia mais difícil para mim. Tentei ficar fora de rede social, mas fui no Facebook e vi uma enxurrada de agressões. Alguns dizendo que eu merecia ser estuprada, que minha história é uma grande mentira. Eu tentei segurar a onda, mas agora eu desabafei. É muito duro receber esse tipo de tratamento”, disse Joanna à ESPN. “O Brasil é um país muito racista, muito machista, muito homofóbico, vem de uma cultura futebolística que as pessoas acham que quando chega em um esporte olímpico elas têm o direito de nos tratar como tratam um jogador de futebol quando não ganham. Acho que nem os jogadores de futebol merecem esse tratamento que a gente tem. Eles têm, nós muito menos”, completa.

Joanna disse ainda que se posiciona politicamente porque acredita que todos têm um papel a fazer. “Felipe Kitadai, Charels Chibana, Sarah Menezes não entraram para perder. É muito difícil as pessoas entenderam isso. Mas passar para a linha do desrespeito é difícil. Treinei muito para ser a melhor nadadora do Brasil e não sucumbir à minha depressão, e de repente as pessoas me questionando, questionando minha história”, afirmou.

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