Brasil pega Honduras e pode se tornar maior medalhista na história dos Jogos
Com tantos anos de pressão pelo ouro, a seleção olímpica fracassará se terminar a Rio-2016 com qualquer medalha que não seja a dourada. Mas, se derrotar Honduras, nesta quarta-feira, às 13h, no Maracanã, o time de Rogério Micale já terá feito história. Caso avance à final, o grupo garantirá ao menos a prata. E, assim, transformará o Brasil, de forma isolada, no maior medalhista do futebol masculino na história dos Jogos.
Hoje, o posto é compartilhado com a Hungria, a Rússia (herdeira das medalhas da antiga União Soviética) e a Sérvia (que ficou com as conquistadas pela antiga Iugoslávia) — são cinco medalhas para cada. O Brasil tem duas pratas e três bronzes.
Mas, no grupo de elite do futebol olímpico, somente o Brasil não pode se orgulhar de ter conquistado um ouro. A Hungria, por exemplo, foi campeã três vezes entre as décadas de 1950 e 1960.
Do outro lado, estará uma seleção com recursos técnicos muito menos valiosos que os de Neymar e cia. E os jogadores brasileiros sabem que, mais uma vez, encontrarão um adversário que jogará pela famosa uma bola.
— Desde o primeiro jogo foi assim. As equipes vêm mais recuadas, com proposta de contra-ataque. Nós temos que ter paciência e não nos desesperarmos — pede o atacante Luan: — O mais importante é manter a tranquilidade, não cair em pressão de torcida. Estamos bem preparados para isso.
Os homens tentarão escrever, no mesmo Maracanã, uma versão diferente da história vivida pelas mulheres. Na terça-feira, elas foram eliminadas da corrida pelo ouro, nos pênaltis, contra a Suécia. Mas o atacante Gabigol descarta que a derrota delas aumente o peso sobre eles:
— As meninas não fracassaram, fizeram um grande jogo. Perder nos pênaltis é muito triste, mas não existe reflexo na gente. Sabemos que a pressão é sempre muito alta, mas, se estamos aqui, é por que a suportamos. O Maracanã vai estar lotado, e isso é motivo de alegria.
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