Apesar do acordo, caminhoneiros fazem 5º dia de greve na Bahia

Na BAs 526 e 535 e nas BRs 101, 116 e 324 ainda há manifestação da categoria nesta sexta-feira

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Apesar do acordo entre o governo federal e representantes dos caminhoneirospara suspender greve por 15 dias em todo o país, as mobilizações continuam nas rodovias baianas nesta sexta-feira (25).

Na BA-526, próximo à Ceasa de Simões Filho, caminhões estão estacionados desde a 1h, no acostamento. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) está acompanhando a mobilização, de acordo com informações do Centro Integrado de Comunicação (Cicom), da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Lá, os pontos de bloqueio são nos quilômetros 12 e 18, nos dois sentidos.

Na BA-535, na altura do Km 10, há bloqueio em ambos sentidos. Os veículos leves estão passando. O mesmo acontece na BA-09, nos quilômetros 1 e 34.

Também há mobilização dos caminhoneiros na BR-101, na altura do município de Muritiba, no Recôncavo baiano, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Na BR-324, na altura do bairro de Valéria, em Salvador, há manifestação com uma faixa interditada sentido Salvador, segundo a Via Bahia. Na mesma rodovia, no km 541 na altura de Amélia Rodrigues, no sentido Feira de Santana, há um ponto de bloqueio, de acordo com a PRF. Os protestos começaram entre 5h30 e 6h.

Segundo informações da Via Bahia, as manifestações também continuam na BR-116, com restrição de passagem apenas para veículos de carga (caminhões e carretas) nas cidades de Santo Estevão, Itatim, Milagres, Jequié, Poções, Manoel Vitorino e Vitória da Conquista. Ainda de acordo com a concessionária, o tráfego está fluindo normalmente para demais veículos.

Acordo
Na noite desta quinta-feira (24), o governo anunciou que tinha feito um acordo para que as manifestações ficassem suspensas por 15 dias em todo país, devido ao desabastecimento que já atinge diversas cidades.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou que foi celebrado termo de acordo com integrantes de movimento dos caminhoneiros. “Nós precisamos retomar a vida normal”, disse ele depois de se reunir com representantes do movimentos dos caminhoneiros para anúncio do acordo.

Já o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, garantiu redução de 10% no preço do diesel. O preço ficará fixo por 30 dias (os últimos 15 dias arcados pela União). A primeira quinzena custaria cerca de R$ 350 milhões a Petrobras como compensação. O ministro informou que o preço de referência é o da refinaria.

Segundo Padilha, os aumentos vão ocorrer a cada 30 dias e que governo vai reeditar tabela de frete a cada trimestre. “Não haverá reoneração da Folha para transporte de carga”, disse.

Preço
Ministro da Guardia explicou sobre o gasto com a redução do preço do diesel. “Os primeiros 15 dias da compensação serão bancados pela Petrobras. Ao final do mês, veremos a diferença. A política de preços (dos combustíveis) está mantida”.

Ele esclarece que o preço de referência é R$ 2,10 (nas refinarias). “Teremos que apurar mês a mês a diferença. Nós não temos essa dotação orçamentária. Essa despesa contará com crédito extraordinário”. É uma subvenção arcada com recursos da União, explica.

“O dia foi de consagração de um acordo com a categoria. Estávamos tratando de óleo diesel. O movimento está centrado na reivindicação dos caminhoneiros”, disse Eliseu Padilha quando questionado sobre preço da gasolina.

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